Limites da Razão

de: Adelaide GRAÇA

   
           
     
Excertos

O AMOR NO TEMPO


Nunca o tempo apaga
as marcas que o mar vincou
nas rochas da praia amena,
sob um Sol quente dum
amor que eu e tu fizemos,
salpicado de sal, em espuma
matizada, de aventura …
E esse Sol medonho,
que nos faz derreter em
seiva suada
vai sedutor, para lá do mar
despertar corpos ainda
abraçados por uma noite
de amor, que eu e tu
vamos agora começar
sob as estrelas cadentes
que o tempo nunca
há-de apagar …


 


HARMONIA


 


Quando o Sol rasgou a penumbra
do teu olhar
os olhos sorriram
o peito ficou a escaldar.
E eu senti a força dos teus braços
quando cercaram o meu corpo.


As nuvens passaram para além
do horizonte.
Os pássaros voltaram a cantar
A lareira crepitou.
E as crianças fizeram uma roda.
Houve Natal!
Porque o Sol rasgou a penumbra
do teu olhar.


 


AMAR NO SILÊNCIO



É no silêncio
que ouço os teus passos
de encontro aos meus
abafados por um abraço
de desespero e amor.
É no silêncio
que o amor é mais belo
mais sentido
mais falado.
E porque te amo
eu fico abraçada
no silêncio da noite
a um amor
que não sei se é sonho
ou realidade
se mistura de feitiço
ou sentimento
rede de pescador lançada ao mar
em noite de luar.
É no silêncio
que as lágrimas brilham mais
tais gotas de orvalho
nos olhos da Natureza.
´~E no silêncio
que mais tremo
de amor por ti
tremo de medo do amanhã.
O amanhã sem silêncio
para se poder amar
ainda mais.




 


 
 
     
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