no litoral do devaneio
Há um canto onde tudo se dilui. Reino de fábula. E de fadas.Aí moram sonhos e fantasias. Às vezes invadimo-lo. Evadimo-nos. Às vezes invade-nos. Evadimo-nos. Às vezes...invadimo-nos. Assim.
Há um canto onde tudo se dilui. Aí, as palavras são desnecessárias. As palavras são as coisas. Só aí somos passentos do real porque mergulhados no magma de antiquíssimas memórias, mais de antes que a Hora.
Há um canto, limiar erótico ao longo da praia, onde tudo se dilui entre a água e a areia. Aí, no litoral do devaneio, moram os mitos que, não raro, visitamos.
Há um canto onde tudo se dilui. Aí crescem sílabas abertas à volúpiua dos construtores de mitos. |