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Outros Géneros
Poesia
Romance
Texto Dramático
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Num conjunto de quarenta e sete poemas se espelha um sentimento/consciência MAIOR da vida com a exaltação da Natureza e da sua perenidade e a nostalgia do momento vivido e sorvido que no Homem passa, que nascendo vive morrendo a cada instante, sem escolha. O Homem retrata-se como espectador da VIDA.
No texto digital temos a obra completa:
Texto Digital ou Excertos:
<P><FONT face=Arial>HERANÇA </FONT></P> <P><FONT face=Arial>Olhar a enseada <BR>- secretamente a enseada. <BR>Fruir a aragem <BR>- a plenitude da aragem. <BR>Içar as velas <BR>-nas cordas dos sentidos.<BR>Tomar o bordo <BR>- do lugre escolhido<BR> a encetar a viagem,<BR> por onde o curso ignoto<BR> das marés, <BR>o rumo impreciso...<BR> ...impreciso.</FONT></P> <P><FONT face=Arial> </FONT></P> <P><FONT face=Arial> OCEANO</FONT></P> <P><FONT face=Arial> Porque criaste<BR> assim<BR> o oceano:<BR> arrogante,<BR> voraz<BR> e frio</FONT></P> <P><FONT face=Arial> -e não lhe deste<BR> a placidez cândida<BR> do rio,</FONT></P> <P><FONT face=Arial> das noites<BR> desfolhadas <BR> ao luar,</FONT></P> <P><FONT face=Arial> com espigas vermelhas, <BR> se calhar? </FONT></P><FONT face=Arial> <P><BR> PROCURA </P> <P><BR> Procuro <BR> o rumo estético <BR> da paisagem,<BR> o cheiro<BR> da resina<BR> a inundar<BR> o monte,</P> <P> procuro <BR> a moldura certa <BR> para a imagem,<BR> do pôr do sol<BR> cingindo<BR> o horizonte,</P> <P> procuro<BR> uma galera<BR> para a abordagem,<BR> da intimidade<BR> virgem da cidade <BR> <BR> procuro<BR> as superfícies<BR> líquidas<BR> que reflectem <BR> espaços <BR> de harmonia <BR> e claridade. </P> <P> </P> <P> NO TEMPO DAS PLANTAS SILVESTRES<BR> </P> <P> Nu,</P> <P> caminho<BR> ao teu encontro,</P> <P> como no tempo <BR> das plantas silvestres,</P> <P> quando a urze<BR> crescia livremente <BR> nos montados</P> <P> e o néctar<BR> das sombras<BR> e dos frutos,</P> <P> empapava <BR> os fins de tarde <BR> de Setembro.</P> <P> Nu,</P> <P> caminho<BR> ao teu encontro,</P> <P> como no tempo<BR> das plantas silvestres,</P> <P> pelo aroma<BR> inconfundível<BR> das amoras.</P> <P> <BR></FONT></P><FONT face=Arial> <P></FONT></P>
Prefácio:
Badanas:
Contra Capa:
"MEMÓRIA DE ÁGUA"(1988) Feitos de água pura da palavra exacta, medida, sóbria, estes poemas são todos equivalentes na sinfonia e todos diferentes na preocupada dor e alegria que transmitem. são feitos de vida, de respiração ofegante, mas de preciosa calma e certeza. Cda verso foi trabalhado, ajustado, encastrado, com a mesma precisão, com o mesmo amor artesão, com a mesma qualidade de pormenor. É um livro que dá cor aos sentimentos, aos projectos, aos instantes. Fernando Morais Eis agora Fernando Castro e Sousa, com "Memória da Água", a demonstrar o espírito profético, o poder de dizer io indizível, de antecipar o futuro, de legendar o passado e abarcar, com originalidade simples e fácil dos reais poetas, o panorama do mundo e o arrojo insofrido e insaciável do Homem, navegador de todos os mares e argonauta de todos os espaços.Desta vez o verso é mais denso, rico de significado, parco de palavras e sons, resumido mas sumarento, transparente como água cristalina, ágil como gaivota roçando as naus. EUCLIDES RIOS
Capa: