As várias nascentes que formam o curso inicial do rio Neiva encontram-se diseminadas pela serra do Oural, em Vila Verde, misto de planalto e de planalto e de montanha coroada pelo marco geodésico denominado pelo vulgo de «peão do Talefe».
A jornada exclui ainda o recurso a veículos motorizados.
Par uma ascensão mais suave convém meter pelo lugar de Cachadufe, em Godinhaços.
Arrumado o carro no novo estradão que vai dar à igreja paroquial e ajustado um pequena guia, seguimos a pé pelos caminhos da serra, ínvios e pedregosos, ladeados de velhos pardieiros cobertos de telha vã, uma e outra casa farta de sólida cantaria antiga e algumas vivendas garridas a assinalar e aplaudir o esforço dos emigrantes.
(...)
Encontro-me perdido na serra, qual nauta no mar sem farol ou marco geodésico como ponto de referência. Que rumo seguir?
A voz do neiva chamava-me docemente; seguindo-o em breve me libertei de tamanho pesadelo.
Ao chegar a Duas Igrejas o sol morria em labareda pelas bandas do Castelo
As várias nascentes que inicial do rio Neiva encontram-se diseminadas pela serra do Oural, em Vila Verde, misto de planalto e de planalto formam o curso e de montanha coroada pelo marco geodésico denominado pelo vulgo de «peão do Talefe».
Par uma ascensão mais suave convém meter pelo lugar de Cachadufe, em aplaudir o esforço dos emigrantes.
(...)Godinhaços.
Arrumado o carro no novo estradão que vai dar à igreja paroquial e ajustado um pequena guia, seguimos a pé pelos caminhos da serra, ínvios e pedregosos, ladeados de velhos pardieiros cobertos de telha vã, uma e outra casa farta de sólida cantaria antiga e algumas vivendas garridas a assinalar e
«o RIO NEIVA» vem a lume com vários anos de atrazo, depois de passados à fieira e sleccionados todos os textos do seu projcto inicial.
De início fui apenas um dos muitos chamados, que concordou em abordar a parte literária. Mais tarde, por falta de candidato, decidi ocupar-me do tema jurídico. Por desistência do organizador, coube-me assumir a responsabilidade de publicar a obra resumida, modesta e desprentenciosa posta ao vosso alcance, à se,semelhança do rio de águas brandas e límpidas que dis a dia vemos correr para o mar.
Manuel de Boaventura findou a sua actividade literária falando com as Neblígeas, de quem recolheu poucos dias antes de falecer, um poema que intitulou «Diálogo de Sá de Miranda com o seu vizinho Rio Neiva».
O poema não se perdeu, não se perderá jamais. Seja o de Luís de Camões, o de Sá de Miranda, o de Manuel de Boaventura, seja o de cada um de nós, porque seguindo o exemplo do Mestre, amorosamente nos demos ao trabalho de recolher e transmitir aos presentes e vindouros, a todo aquele que souber ler e não for insensível às belezas naturais da sua terra, banhando pelo Neiva, todos os poemas q1ue vivemos ou encontramos pelas muitas vias percorridas.
Pois não diz um poeta que a nossa vida, a vida de todos nós, é um poema?
Paulo Figueiras