Em Nota do Editor, Fátima Pimenta, da Junta Directiva do Centro de Estudos Regionais, afirma "se, por um lado, "Encontros do Destino" tem o mérito de relembrar aos mais velhos as matrizes e dinâmicas das relações entre as classes sociais do Alto Minho, num passado recente, por outro, lega aos jovens, de hoje, parte do seu património social e humano, que justificam, com certeza, a defesa de uma sociedade baseada em valores de maior mobilidade social e respeito pela singularidade humana."
Em APRESENTAÇÃO, Euclides Rios escreve"...a novela que tendes entre mãos, "Encontros do Destino", que gostaria de classificar como um conto grande em vez de um romance pequeno.
Desta vez, Carlindo Vieira recua bastante no tempo e coloca a acção, sem precisar quando, na última fase das casas senhoriais, da fidalguia rural, cheia de prosápias, ciosa de velhas tradições e impante da nobreza e honra de linhagem."
A obra é constituída por quinze capítulos.
O livro "ENCONTROS DO DESTINO" é um romance mais ficção do que histórico.
De ficção, porque os enquadramentos registados e as motivações das personalidades envolv idas não traduzem situações realmente verificadas, em local preciso, nem em qualquer tempo estrategicamente escolhido.
Todavia, também, nãose processa em ficção abstracta de amanhãs futuríveis, produtos de imaginações fantasiosas, sem elos de ligação ao mundo actual.
Os quadros descritos podem perfeitamente ser encaixilhados, no mundo que há pouco tempo nos rodeou, e os enquadramentos locais, juntamente com as envolvências que os acompanham, não são mais do que traduções fiéis e históricas dum passado, que tão bem conhecemos.
Numa altura, em que só têm possibilidades de subir aos escaparates das livrarias, os "best-sellers" estrangeiros, que nada nos dizem, procurou-se projectar no futuro, com virtudes e defeitos, esperanças e desilusões, um passado histórico da maneira de ser desta gente minhota.
O Minho é tão rico, que varia de zona para zona, de época para época.
Precisa de quem, permanentemente, fale dele e o descreva, de quem o cante e o guarde nos mais recônditos escaninhos da história, se não em memórias personalizadas, pelo menos em sínteses colectivas.
Foi esta a intenção do autor.
Carlindo Vieira