Ser poeta é ver a realidade da vida sob vários prismas. Não ficar na simples aparência do que se vê, mas direccionar-se nas variadas perspectivas que se rasgam pelos horizontes quase inatingíveis. Mergulhar nessa larga imensidão que só a inteligência pode alcançar, proporcionando um amplo enriquecimento cognitivo gerado pela imaginação, como dom inerente ao próprio homem a ser explorado, para usufruir o gozo e alegria de viver, deliciando-se numa submersa quietude, como fruto axiológico do ser humano.
O poeta, extravasando-se a si próprio, transpõe o que os outros consideram como limitado. Abre um mundo novo ignorado por espíritos satisfeitos com a mediania da vida. (...)
Este livro comporta dois aspectos distintos:o pessoal e o social.
Começa e termina com a alusão à freguesia de Vila de Punhe, concentrando, na primeira poesia, vinte séculos de existência que o leitor poderá historiar através de uma plêiade de homens: guerreiros, escultores, artistas, literatos, etc.,como, alías, já foi bem explanado na monografia «Vila de Punhe-Das Origens à Actualidade», da autoria do seu irmão ,Dr.Alípio Rodrigues Torres. A última poesia é um louvor à mesma aldeia que, evoluindo através dos tempos, se conservou, na sua essência, como tal. E assim, Vila de Punhe primitiva e a actual convergem num sequencial ponto comum pelo que, sendo uma só, se deve projectar no futuro, cada vez mais unida e categorizada.(...)
Os meus parabens ao Sr.Doutor Amadeu Rodrigues Torres, pelos seus cinquenta anos do seu sacerdócio ao serviço da Igreja e de Deus, pela admirável obra literária e intelectual com que tem contribuidob para bem de todos e da sua terra e que se faça justiça, reconhecendo o mérito a que tem direito.
Jaime Cepa Machado
Edições da Junta de Freguesia:
Vila de Punhe-Das Origens à Actualidade 2001
Vila de Punhe-De Ontem e de hoje 2004