Após o prefácio do autor,uma página contendo a sua bibliografia, um poema intitulado Dedicatória Viana, de R. Sousa e o texto de apresentação do Padre Artur Coutinho, inicia-se a obra constituída por 5 partes, sendo a primeira designada por Origens, subdividida em Cap. I - Esboço da História Eclesiástica de Viana do Castelo e Cap. II - O Cónego Pires. A segunda parte intitulada Testemunhos é constituída por um primeiro capítulo Inquéritos, seguido dos Testemunhos de várias personalidades.
A terceira parte designada Análise Conjuntural, após um Intróito, apresenta, respectivamente, os títulos Que é a "Colónia de Viana?", Qual a razão do nome de "Colónia"?, O nascimento da "Colónia", O que era a "Colónia dos Doutores"?, Aspectos da "Colónia", Sardinhadas e meloadas, Estruturas da "Colónia", A força da "Colónia", Atribulações, Equipa de Santa Luzia, Estatutos, Benemerências e Silêncio ...de ouro.
A quarta parte, intitulada Documentário, é constituída, respectivamente, pelos títulos Bodas de Prata, D. Manuel Isidro Alves, D. Apolinário Américo Araújo Alves. D. António Palma Alves Martins, D.Manuel Lopes Afonso, D. António da Silva Lima, Novos Estatutos, D. José Francisco Lopes Lima, D. Artur Coutinho, 40º Aniversário da Colónia, Esboço Histórico e Carta Apostólica da criação da Diocese.
A quinta parte, Estatísticas, apresenta Galeria dos Membros da "Colónia Vianense", Leigos que apoiaram a "Cólónia" e Relação dos Responsáveis e Bispos de Viana.
A obra é ilustrada, de onde em onde, com fotografias alusivas aos textos apresentados.
Cap. I
Ao iniciarmos este trabalho sobre a Colónia de Viana, parece-nos ser útil e necessário situar aquela instituição, no tempo e no espaço.
Por isso, embora de forma sucinta, convém fazer uma resenha histórica da organização eclesiástica nas terras onde, mais tarde, vai ser criada a diocese de Viana.
Só , assim, se conseguirá perceber a razão de determinadas motivações e a lógica de alguns acontecimentos, que alicerçaram as aspirações locais se emancipação diocesana.
Para apresentar a história da vida eclesiástica, através dos tempos, nas terras que nos circundam, julgamos nada melhor do que, com a devida vénia, transcrever o que o movimento para a criação da diocese, em 1964, escreveu sobre o assunto, na petição ao Santo Padre,
(...)
Colegas e amigos a quem Deus dotou, não só com engenho para a ciência e gosto pela arte, mas também com extrema sensibilidade para os problemas regionais, vinham insistindo comogo, desde há anos, para que escrevesse as memórias da saudosa "Colónia de Viana".
Sempre recusei tal missão. Primeiramente, porque nunca me achei ser a pessoa indicada para o fazer; depois, porque cedo me apercebi dos inevitáveis melindres que a questão suscitaria. Contudo, perante o desinteresse de uns e falta de disponibilidade de outros, e porque habituado, desde o tempo de estudante, a "dar o corpo ao manifesto", em prol da autonomia religiosa de Viana, não me pareceu correcto, neste momento, o abandono da embarcação. Todavia, condicionei logo o trabalho à colaboração de intervenientes, que fossem representativos das várias épocas por que a "Colónia" passou. Pareceu-me, desde início, que este trabalho teria de ser mais colectivo do que individual. Por isso, organizei um questionário de perguntas, que julguei indispensáveis ao esclarecimento dos factos e enviei a vários participantes da "Colónia". Uns responderam, outros não.
Com as respostas recebidas, outra coisa não me restava do que dar-lhes a luz da publicidade, respeitando a interpretação de cada um e a ordem cronológica dos eventos. Depois, naturalmente, dou a minha versão dos acontecimentos.
Fotografia do autor, seguida de uma curta referência à sua actividade jornalística e de dois comentários de Júlio Vaz, um relativo ao romance "A Procuração" e o outro à colectânea "Farol do Bugio".
Ilustração representando o brasão da Colónia de Viana.