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As trinta páginas que compõem a obra encontram-se repartidas por cinco itens (Breve introdução; Azulejos hispano-árabes; Azulejos planos; Azulejos historiados; Período neoclássico), seguidos pelo inventário, dividido em cinco colunas. Na introdução à obra, primeiro item, António Matos Reis traça a história da origem da cerâmica vidrada e do azulejo na Europa, salientando a sua proveniência, a divulgação da técnica da esmaltagem, a época de começo da utilização dos azulejos, ou seja, dos "ladrilhos de cerâmica com revestimento esmaltado" na Península Ibérica e a sua difusão e posterior aplicação tanto em pavimentos como em revestimento de paredes. Nos quatro itens seguintes, reconta-se, continuando a sequência temporal iniciada no primeiro item, a história do azulejo, mormente a da colecção existente no Museu Municipal de Viana do Castelo e no distrito. Assim, no segundo item (Azulejos hispano-árabes), foca-se o alicatado (mosaico considerado um predecessor do azulejo), a corda seca (processo de fabrico de azulejo, usado desde finais do século XV), os azulejos de aresta, a diferença entre os azulejos de corda seca e os de aresta e os exemplares deste tipo de azulejaria existente no distrito de Viana do Castelo. O terceiro item (Azulejos planos)referenciam-se as grandes mudanças que se operaram na azulejaria na época do Renascimento e os espécimes representativos que se podem encontrar no distrito de Viana do Castelo: processo mais rápido de pintura e a liberdade que tal processo deixava ao artista para compor os motivos a aplicar sobre a placa de azulejo; os denominados «azulejos enxaquetados»; as composições de «tapete» e possibilidades que oferecem; os azulejos monócromos, divulgados no século XVII. Em "Azulejos historiados", o leitor é colocado ante a azulejaria barroca, azul e branca, que recobriu os inteirores de palácios e igrejas e deixou vários exemplares no distrito já mencionado. No "Período Neoclássico", segunda metade do século XVIII, o azulejo mantém uma policromia discreta, rareando as composições figurativas, para dar lugar a quadros, sobretudo ovais, "com paisagens e raras figuras humanas no centro dos painéis decorativos". Novamente se inventariam os exemplares existentes no distrito. O inventário está dividido em cinco colunas: "na primeira apresenta-se uma numeração de catálogo, ordenado segundo a tipologia dos espécimes; na segunda indica-se a quantidade de peças correspondentes a cada número; na terceira procede-se à respectiva descrição, necessariamente breve e, por conseguinte, lacónica; na quarta menciona-se o número de inventário: a este se faz referência quando se cita o número de uma ficha; finalmente regista-se o número da película no arquivo fotográfico".
No texto digital temos a obra completa:
Texto Digital ou Excertos:
"2- Azulejos hispano-árabes Portugal é o país onde no decorrer dos séculos mais importância se deu ao azulejo, sendo também aquele que possui maior relevo e variedade de exemplares, de todas as épocas: alicatados, de corda seca, de «cuenca», de tapete, de figura avulsa, polícromos, monócromos, simplesmente decorativos ou historiados. No entanto, as suas origens encontram-se fora do território português. 2.1- O alicatado, primeiro antepassado próximo dos azulejos, era um mosaico organizado com peças de várias cores e formas geométricas, cuja associação podia gerar um número infinito de desenhos: cortavam-se placas esmaltadas em fragmentos com várias formas - aliceres ou tacelos - e com eles se faziam composições policromadas, segundo um processo que exigia grande perícia e delicadeza, tornando-se moroso e caro. Serão de finais do século XIII os mais antigos exemplares em que se adopta esta técnica, também utilizada no séc. XIV e na maior parte do séc. XV. Durante muito tempo, produziram-se, especialmente na área de Valência, «alfardas» e «losetas», isto é, placas hexagonais destinadas à colocação em pavimentos. 2.2- A corda seca foi um processo mais simples, que se passou a utilizar no último quartel do séc. XV: os azulejos tomaram por base uma forma quadrada, sobre a qual, com uma matriz de madeira ou metal, se aplicava um desenho com composições geométricas (estrelas, laçarias, etc.) idênticas à dos alicatados, no qual os vários campos eram separados por espaços vazios, que se preenchiam com óleo de linhaça e manganés nele dissolvido, de modo a isolar e impedir a mistura das várias cores durante a sua aplicação ou durante a cozedura. desse sulco de delimitação entre as várias áreas derivou o nome com que se tornaram conhecidos os azulejos confeccionados segundo esta técnica: azulejos de corda seca. 2.3- Os azulejos de aresta, na época chamados t ambém azulejos de «labores», apareceram no último quartel do séc. XVI e utilizavam um processo mais avançado, em que o desenho se imprimia com o molde no barro ainda mole, criando espaços delimitados por arestas, mais altas, que tornavam seguro o isolamento das cores e davam amior rapidez à execução do trabalho. Daí veio o nome dado aos azulejos confeccionados desse modo, conforme se aludia ao facto de os campos a colorir ficarem mais baixos (em «cuenca») em relação à linha em relevo (aresta) que faz a separação. Inicialmente imitavam as formas geométricas dos azulejos de «corda seca», tal como estes se inspiravam nas do alicatado. No século XVI começaram a adoptar-se outros motivos, por influ~encia das mais artes decorativas, difundidos pelo Renascimento, recorrendo às figurações fitomórficas e a outras. A diferença entre azulejos de «corda seca» e de «aresta» interessa mais no aspecto técnico do que no artístico, sendo basicamente importante para conhecer a evolução dos modos de fabrico. as primeiras e principais oficinas de produção destes azulejos situavam-se no sul de Espanha, em regiões que estiveram até mais tarde sob o domínio árabe - Granada, Valência, Málaga, Manises, Paterna, Sevilha. Daí, e em razão da decoração neles usual, que reproduz motivos muçulmanos, o chamaram-se azulejos hispano-árabes ou mudéjares. Sevilha foi o maior centro produtor de azulejos e o principal abastecedor do mercado português. Os motivos decorativos herdados da tradição muçulmana são fundamentalmente as laçarias a formar estrelas ou outras construções geométricas. No distrito de Viana, havia azulejos mudéjares ou hispano-árabes, de meados do século XVI, na igreja de Santo António dos Frades, de Ponte de Lima, dos quais ainda restam alguns exemplares. Havia-os igualmente no antigo convento de S. Francisco do MOnte, possivelmente devido às obras executadas em 1584. Há vários espécimes no Museu Municipal de Viana do Castelo, cujo lugar de origem em geral se desconhece."
Prefácio:
"Os monges beneditinos terão sido os primeiros, na Europa, a adoptar a cerÂmica vidrada, em vez das composições feitas com pedras de várias cores, na pavimentação de capelas e de outros compartimentos - trazendo o «opus alexandrinum» de Constantinopla para Itália, na primeira metade do século XI. Para fazer esse tipo de pavimento - que, em Portugal, existiu, por exemplo, no mosteiro de Alcobaça - recortavam-se peças cerâmicas, em desenhos geométricos, com várias colorações, desde o creme claro, passando pelos avermelhados, até ao castanho escuro, conforme a composição das argilas (óxido de ferro), cobertas com vidrado e zarcão (óxido de chumbo). A partir do século XII divulga-se gradualmente a técnica da esmaltagem da cerâmica que, iniciada na China, chegou até nós pela via do Médio Oriente e do norte de África. Da aplicação de esmalte sobre placas de argila com formas regulares nasceu o azulejo. O vidrado distingue-se da esmaltagem porque o primeiro, como a expressão dá a entender, consiste numa camada translúcida e transparente aplicada sobre a argila, colorida ou não, enquanto a segunda é por natureza opaca e branca ou de outra cor e dotada de brilho natural. os azulejos propriamente ditos, isto é, os ladrilhos de cerâmica com revestimento esmaltado, remontam aos finais doséculo XIII, e começaram a produzir-se na parte sul da Península Ibérica, então sob o domínio muçulmano. Embora estes ladrilhos inicialmente se aplicassem nos pavimentos, como foi referido e se documenta ainda nalguns locais e certas pinturas do séc. XVI testemunham, cedo passaram a adoptar-se predominantemente como revestimento de paredes."
Badanas:
Contra Capa:
Capa: