Fernando Castro e SOUSA  
 

 

Fernando Castro e Sousa nasceu a 19 de Julho de 1941, num dos mais típicos recantos de Lisboa, o Bairro Alto.Viviam-se na capital os constrangimentos da ditadura salazarista.Descedente de uma família de gráficos, pelo lado paterno, isso viria a marcar vincadamente o seu percurso.Iniciou escolaridade na Vila de Ponte do Lima. A sua meninice decorreu num clima pautado pelos princípios da liberdade e do humanismo, por que toda a vida de seu pai se orientou. Quando concluiu a quarta classe, não existia nenhum patamar de ensino mais elevado em Ponte de Lima e a debilidade económica dos pais impediu-o de prosseguir a instrução em Viana do Castelo.Conheceu então os primórdios da arte de Gutenberg,na tipografia Augusto de Sousa, onde começou a trabalhar aos doze anos de idade.Logo que se tornou possível foi trabalhar para um escritório de solicitador e advogado, onde aprendeu a escrever à máquina e aperfeiçou o desenvolvimento da escrita.Adquiriu o gosto pela leitura e teve sempre acesso aos mesmos através da biblioteca familiar. Mais tarde matriculou-se na Escola Comercial e Industrial e fixou-se em Viana. Em 1960 publicou o primeiro poema n'Aurora do Lima. Em conjunto com um grupo de conterrâneos cria o Clube Académico de Viana, alimentando intenções de valorização cultural, de convívio e de diversão. Em Agosto de 1962 é chamado ao cumprimento do serviço militar em Vendas Novas, pelo que interrompe o Curso Geral de Comércio.Ainda no primeiro ano de tropa é mobilizado a participar na guerra colonial de Angola.Aqui conviveu com as misérias da guerra e a pobreza da população nativa. Retomou vários vezes os estudos, atingindo a sua conclusão no ano de 1967. Vivenciou de perto a chegada do 25 de Abril de 1974. Colaborou com a "Aurora do Lima", o "Cardeal Saraiva" e o "Praça da República". Mais tarde, colaborou com o "Vianense"; "Falcão do Minho";"Notícias de Viana"; Foz do Lima";"Arrifana";"Meia Libra";"Anunciador das Feiras Novas"; "Cadernos Vianenses" e inúmeras revistas de Associações, Clubes e do Banco Português do Atlântico/Millennium/BCP. Regressa à Escola Comercial,já Secundária de Monserrate para obter o 12ºano de escolaridade. Em 1987,lança o concurso de quadras populares das festas da Senhora d'Agonia, que prossegue acarinhando.Em 1985 publica "Enquanto Respiro". Em 1988 publica "Memória de Água".