David RODRIGUES  
 

 

Na badana do livro  Presépio de Pão, lê-se:


            Nasceu, segundo os arquivos, em Ponte de Lima no ano de 1949. Diz-se que o dia era entrudo.


Gasto o tempo das escolas, vê, por um canudo de filosofia inútil, a estreita carreira de professor, em Braga.


Um dia, demorou-se a ouvir a terra: canta O rito do pão que (o) viu crescer.


Houve, porém, uma guerra: Troféus de caça é a memória desse tempo que um  lugar de retaguarda con-sente.


Em dilúvio de chamas se detém agora, enquanto poemas e prosa dispersa por revistas e/ou páginas literárias de Portugal, Brasil e Espanha.


Morrerá na devida altura.